- Não é nada


Então você se vira para mim e pergunta o motivo de eu estar tão quieta. Eu não respondo, apenas balanço a cabeça como se não houvesse nada para se preocupar, como se minha cabeça não estivesse atormentada por pensamentos ruins e bons ao mesmo tempo, como se meu coração não estivesse sendo esmagado pelo peso de amar você.

- Não é nada – eu respondo. Mas o que eu quero fazer é gritar para espantar o medo que tenho de perder você, quero abraçá-lo como se esta fosse a única maneira de sentir que você é meu, quero protegê-lo de tudo e todos, pois esta é a única forma de me manter segura. Você não sabe, mas cada silêncio meu é uma luta, uma agonia, e uma paz mortal. Ás vezes apreciar você em silêncio é o melhor que posso fazer, melhor do que te presentear com palavras atormentadas e pensamentos confusos.

Mas se você insiste em sua pergunta, só por mais um minuto, talvez eu possa te mostrar o que tem dentro de mim, toda minha insegurança e temor. Mas eu prefiro balançar a cabeça e emudecer, mantê-lo a salvo de todo o caos que sou eu.

1 comentários:

Edmara disse...

Incrível!
Quase sempre pensamentos confusos e mente atormentada é sinônimo de amor. Geralmente estes sintomas veem acompanhados de euforia e excitação, somente em raros momentos, a não ser que esteja sofrendo, a pessoa portadora de "apaixonite" fica em silêncio e apática.
Espero que esteja muito feliz e divida esta felicidade comigo, pois te amo e quero te ver bem.
Você arrasou!
Mamãe.

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